Clube Tex Brasil estará presente na “Uma tarde Bonelli”

G.G Carsan abrilhantará em “Uma tarde Bonelli”

O primeiro cospley de Tex no Brasil G.G Carsan, escritor de vários livros sobre o mundo texiano, estará realizando várias palestras na cidade de Porto Alegre, inciando os trabalhos no dia 29 vizitando algumas escolas. Ao lado de Jessé Bicodepena do Fã Clube Tex Brasil estarão executando o “Projeto Tex nas escolas”, uma iniciativa do Clube Tex Brasil para incentivar crianças e adolecentes no habito da leitura de revistas em quadrinhos.

Indios brancos, da ficção a vida real

Essa história foi publicada pela primeira vez no Brasil nos Tex 60 e 61 de fevereiro e março de 1975 pela Editora Vecchi licenciada pela Sergio Bonelli Editore. Rick Anders, agente da Pinkerton, conta uma comovente história sobre Joseph Foster e sua mulher, que tiveram seu filho raptado durante confronto com Kiwoas, na fronteira, 20 anos atrás. Rick pede então a ajuda de Tex para encontrar o garoto, obtendo êxito quando toca no ponto sagrado para Tex e Carson: o amor de uma mãe pelo seu filho. A partir daí, Tex e Carson iniciam uma emocionante jornada pelas pradarias e desertos atrás do jovem Tom.

Tex, Carson e Rick Anders entram em choque com traficantes durante sua procura ao filho dos Foster. Shafter, um facínora que está à frente dos traficantes, tenta de todas as maneiras liquidar nossos heróis e os enviar para as Pradarias Celestes, mas descobre que esta é uma missão ingrata. Depois de muitas encrencas eles localizam a aldeia, mas os guerreiros do chefe Lone Wolf estão prontos para a guerra.

Quando finalmente encontram Cabelos Amarelos, que um dia foi o pequeno Tom, Tex e seus amigos descobrem que ele já interiorizou todos os modos de vida da cultura indígena, e já fez a escolha do seu futuro.

Assim como na ficção, em plena colonização do Estados Unidos da América teve casos semelhantes na vida real, como o do indio branco de origem alemã por nome de Lehmann, Herman (1859–1932).

Lehmann, imigrantes alemães, nasceu em 5 de junho de 1859, perto de Loyal Valley, no sudeste do condado de Mason. Seus pais se casaram no Texas em 1849; depois que seu pai morreu em 1864, sua mãe se casou com Philipp Buchmeier (Buchmeyer) em 1866. Em maio de 1870, quando ele nunca tinha ido à escola e falava apenas alemão, Herman, de quase onze anos, e um irmão mais novo, Willie, foram capturados por ataques apaches. ; duas irmãs mais novas que estavam com eles não foram levadas.

Willie escapou e voltou para casa cerca de nove dias depois. Herman foi adotado por seu captor Apache, Carnoviste, e iniciado nos rigores da vida indígena primitiva. Ele passou por um duro treinamento tribal e iniciação, tornou-se um guerreiro e participou de expedições contra os Texas Rangers., Comanches, mexicanos e colonos brancos, indo com a tribo desde as montanhas Guadalupe, no Novo México, até a região de Mason County-San Saba e até o México. Depois que Carnoviste foi morto e o próprio Lehmann matou um curandeiro apache, ele passou um ano sozinho nas planícies do oeste do Texas antes de se juntar aos Comanches, por quem era conhecido como Montechena (Montechina); ele também foi chamado várias vezes de En Da e Alamán. Com os Comanches, ele lutou contra os Tonkawas e a Cavalaria dos Estados Unidos, e novamente participou de ataques indianos. Ele estava com o último remanescente Quahadi que se juntou à reserva em Fort Sill. Ele foi adotado por Quanah Parkermas acabou sendo reconhecido como um cativo branco e forçado a retornar em maio de 1878 para sua família no Texas, que o considerou morto durante os oito anos em que viveu com os índios.

Em casa, ele se recusava a comer carne de porco ou a dormir na cama e envergonhava a família ao aparecer às vezes diante dos hóspedes do hotel de sua mãe com o corpo pintado, vestido apenas com leggings, calças e penas. Ele assustou uma reunião de avivamento com uma dança indiana, pensando que a congregação estava orando por chuva. Seu irmão Willie o impediu de matar bezerros e porcos dos vizinhos e de roubar cavalos de fazendas vizinhas. Ele reaprendeu alemão, aprendeu inglês, fez vários biscates, tentou por um único dia frequentar a escola e trabalhou como motorista de trilha. Embora nunca tenha se adaptado totalmente à sociedade branca, Herman aceitou seu papel na comunidade de Loyal Valley, e sua natureza descontraída e bom humor parecem ter feito dele muitos amigos. Depois que um casamento anterior infeliz terminou em divórcio ele se casou com Miss Fannie Light em 1890 e o casal teve dois filhos e três filhas. Mais tarde, como Comanche, ele recebeu terras de Oklahoma do governo dos Estados Unidos e passou grande parte do tempo com seus irmãos vermelhos.

Copyright © 2023 Associação Histórica do Estado do Texas (TSHA)

As capas de TEX – Itália x Brasil

Quer saber as curiosidades das capas que saíram na série regular italiana?

Como essas capas saíram aqui no Brasil?

Houve preocupação por parte das editoras brasileiras a serem fiéis às capas e títulos italianos?

Essas e outras curiosidades podem ser conferidas nos arquivos a seguir, capas na ordem cronológica italiana.

Capas Tex Parte 1

Capas Tex Parte 2

Capas Tex Parte 3

Capas Tex Parte 4

Na próxima semana tem mais, aguardem !!!

As capas de TEX – Itália x Brasil

Quer saber as curiosidades das capas que saíram na série regular italiana?

Como essas capas saíram aqui no Brasil?

Houve preocupação por parte das editoras brasileiras a serem fiéis às capas e títulos italianos?

Essas e outras curiosidades podem ser conferidas nos arquivos a seguir, capas na ordem cronológica italiana.

Capas Tex Parte 1

Capas Tex Parte 2

Capas Tex Parte 3

Capas Tex Parte 4

Na próxima semana tem mais, aguardem !!!

Ouro Negro – Mais um incrível lançamento Editora Polvo

O LIVRO

 

A dupla Tex Willer e Kit Carson, depois de agraciada com a “Rosa Amarela do Texas”, é nomeada pelo Governador desse estado americano para colocar um ponto final nas atividades de Bob Braddock, um homem perturbado que controla a seu bel-prazer a cidade de Hellsfire, e para investigar o irmão Jonas, um homem de negócios do petróleo, proprietário dos ricos campos de Oil Springs. Na sua chegada à cidade, Willer e Carson assistem à ousada detenção de Bob, pelo novel xerife Randy Nelson. Jonas, no entanto, contrata o habilidoso advogado Timothy Wilson para defender o irmão. Entre tiroteios, aldeias arrasadas e testemunhas corruptas, nas quais se encontra a sensual Rachel, Tex irá também desempenhar o papel de acusador no julgamento de Bob, presidido pelo temível juiz “enforcador” Felsen. Restava apenas tratar de Jonas, o que virá a acontecer num memorável e cinematográfico acerto de contas final por entre as torres de extração petrolíferas.

OS AUTORES

GIANFRANCO MANFREDI (Senigallia, Ancona, 1948) é Doutorado em Filosofia. Acabou por seguir outro caminho que não o de professor universitário, depois de um dia se ter interrogado quanto ao seu destino diante de um espelho. Personagem multifacetada, Manfredi considerou-se sempre um narrador e por isso não surpreendeu que tenha escrito mais de trezentas músicas, muitos argumentos para cinema e televisão, bem como diversos romances para várias editoras, abordando desde cedo a temática do fantástico, até lhe surgir casualmente a banda desenhada. Após uma breve experiência com a Editora Dardo (com “Gordon Link”), a partir de 1994 Manfredi começou a colaborar com a Sergio Bonelli Editore, escrevendo para “Dylan Dog” e “Nick Raider”, até criar “Magico Vento” em 1997, um projecto pessoal que cruza o “western” com o horror, o encontro com a cultura índia e a sua mitologia. Em 2005 estreou-se em Tex com a aventura “La Pista degli agguatti”, publicada no “Maxi” daquele ano. Em 2007 surgiu “Volto Nascosto”, um novo projeto pessoal em forma de romance, seguido de “Shanghai Devil” (2010) e “Adam Wild” (2014). Em Tex, Manfredi vai alternar aventuras puramente clássicas com outras onde o autor não esconde as suas mensagens sociais e políticas, nomeadamente em “Oro Nero”, onde se encontra bem patente uma acentuada crítica a muitas medidas actuais, exaltando, desta forma, as qualidades anti-conformistas do herói criado por Gianluigi Bonelli.

LEOMACS (Roma, 1972), pseudónimo de Massimiliano Leonardo, iniciou a sua carreira em 1993 na série “Dark Side” de Roberto Recchioni, que irá acompanhar em “Napoli Ground Zero”, “Detective Dante” e “Battaglia”. Depois de ter realizado “Fax Palle in Canna”, uma sátira a Tex, chegou à Sergio Bonelli Editore em 2003, desenhando uma aventura de “Nick Raider” e trabalhando sucessivamente em “Magico Vento” e “Volto Nascosto”, séries idealizadas e escritas por Gianfranco Manfredi. Mais recentemente teve oportunidade de desenhar uma história para “Dylan Dog Color Fest”. A sua entrada em Tex ocorreu no “Almanacco del West 2009”, terminando a aventura “Capitan Blanco” que Manfred Sommer, entretanto falecido em 2007, havia iniciado. Estreou-se na série principal dois anos mais tarde, desenhando “Mondego il Killer”, aventura escrita por Mauro Boselli, onde é notória a evolução do traço do autor, mais à vontade com personagens e ambientes e com uma composição de Tex influenciada pelo modelo de Claudio Villa. “Oro Nero”, o mais recente trabalho de Leomacs, vem revelar um desenhador de traço expressivo e detalhado, atencioso na construção dos personagens, muito dinâmico nos enquadramentos e no desenvolvimento imprimido à narração, apresentando diversas pranchas onde alguns desenhos se libertam para além dos limites tradicionalmente impostos pelos quadrados, revelando ser um valor seguro em Tex.

FICHA TÉCNICA

Ouro Negro
Argumento: Gianfranco Manfredi

Desenhos: Leomacs

Tradução: José Carlos Francisco

Legendagem: Hugo Jesus
224 pág., p/b, brochado com badanas
24,5 x 18,5 cm, €16,99 (IVA inc.)
ISBN 978-989-8513-65-6

Colecção: Tex – Romance Gráfico, nº 04

Polvo, Junho 2017

Ouro Negro – Mais um incrível lançamento Editora Polvo

O LIVRO

 

A dupla Tex Willer e Kit Carson, depois de agraciada com a “Rosa Amarela do Texas”, é nomeada pelo Governador desse estado americano para colocar um ponto final nas atividades de Bob Braddock, um homem perturbado que controla a seu bel-prazer a cidade de Hellsfire, e para investigar o irmão Jonas, um homem de negócios do petróleo, proprietário dos ricos campos de Oil Springs. Na sua chegada à cidade, Willer e Carson assistem à ousada detenção de Bob, pelo novel xerife Randy Nelson. Jonas, no entanto, contrata o habilidoso advogado Timothy Wilson para defender o irmão. Entre tiroteios, aldeias arrasadas e testemunhas corruptas, nas quais se encontra a sensual Rachel, Tex irá também desempenhar o papel de acusador no julgamento de Bob, presidido pelo temível juiz “enforcador” Felsen. Restava apenas tratar de Jonas, o que virá a acontecer num memorável e cinematográfico acerto de contas final por entre as torres de extração petrolíferas.

OS AUTORES

GIANFRANCO MANFREDI (Senigallia, Ancona, 1948) é Doutorado em Filosofia. Acabou por seguir outro caminho que não o de professor universitário, depois de um dia se ter interrogado quanto ao seu destino diante de um espelho. Personagem multifacetada, Manfredi considerou-se sempre um narrador e por isso não surpreendeu que tenha escrito mais de trezentas músicas, muitos argumentos para cinema e televisão, bem como diversos romances para várias editoras, abordando desde cedo a temática do fantástico, até lhe surgir casualmente a banda desenhada. Após uma breve experiência com a Editora Dardo (com “Gordon Link”), a partir de 1994 Manfredi começou a colaborar com a Sergio Bonelli Editore, escrevendo para “Dylan Dog” e “Nick Raider”, até criar “Magico Vento” em 1997, um projecto pessoal que cruza o “western” com o horror, o encontro com a cultura índia e a sua mitologia. Em 2005 estreou-se em Tex com a aventura “La Pista degli agguatti”, publicada no “Maxi” daquele ano. Em 2007 surgiu “Volto Nascosto”, um novo projeto pessoal em forma de romance, seguido de “Shanghai Devil” (2010) e “Adam Wild” (2014). Em Tex, Manfredi vai alternar aventuras puramente clássicas com outras onde o autor não esconde as suas mensagens sociais e políticas, nomeadamente em “Oro Nero”, onde se encontra bem patente uma acentuada crítica a muitas medidas actuais, exaltando, desta forma, as qualidades anti-conformistas do herói criado por Gianluigi Bonelli.

LEOMACS (Roma, 1972), pseudónimo de Massimiliano Leonardo, iniciou a sua carreira em 1993 na série “Dark Side” de Roberto Recchioni, que irá acompanhar em “Napoli Ground Zero”, “Detective Dante” e “Battaglia”. Depois de ter realizado “Fax Palle in Canna”, uma sátira a Tex, chegou à Sergio Bonelli Editore em 2003, desenhando uma aventura de “Nick Raider” e trabalhando sucessivamente em “Magico Vento” e “Volto Nascosto”, séries idealizadas e escritas por Gianfranco Manfredi. Mais recentemente teve oportunidade de desenhar uma história para “Dylan Dog Color Fest”. A sua entrada em Tex ocorreu no “Almanacco del West 2009”, terminando a aventura “Capitan Blanco” que Manfred Sommer, entretanto falecido em 2007, havia iniciado. Estreou-se na série principal dois anos mais tarde, desenhando “Mondego il Killer”, aventura escrita por Mauro Boselli, onde é notória a evolução do traço do autor, mais à vontade com personagens e ambientes e com uma composição de Tex influenciada pelo modelo de Claudio Villa. “Oro Nero”, o mais recente trabalho de Leomacs, vem revelar um desenhador de traço expressivo e detalhado, atencioso na construção dos personagens, muito dinâmico nos enquadramentos e no desenvolvimento imprimido à narração, apresentando diversas pranchas onde alguns desenhos se libertam para além dos limites tradicionalmente impostos pelos quadrados, revelando ser um valor seguro em Tex.

FICHA TÉCNICA

Ouro Negro
Argumento: Gianfranco Manfredi

Desenhos: Leomacs

Tradução: José Carlos Francisco

Legendagem: Hugo Jesus
224 pág., p/b, brochado com badanas
24,5 x 18,5 cm, €16,99 (IVA inc.)
ISBN 978-989-8513-65-6

Colecção: Tex – Romance Gráfico, nº 04

Polvo, Junho 2017

Festival Guia dos Quadrinhos 2017 – E ai?!

Olá amigos e leitores!

Hoje, dia 08, estive presente no Festival Guia de Quadrinhos, em sua edição 2017, aqui em São Paulo, Brasil. O evento acontece neste final de semana, dias 08 e 09 de abril (das 10h00 às 21h00 no primeiro dia, e das 10h00 as 19h00 no domingo), no coração de Sampa: Avenida Paulista, n.735, Bela Vista (Clube Homs).

E para variar fui atrás de nosso amado Ranger: TEX!

O QUE É O FESTIVAL GUIA DOS QUADRINHOS?

Sim, eu também não sabia! Mas o Projeto nasceu nos idos de 2007, mais precisamente em 05 de março daquele ano, como consta do próprio informativo do evento. Edson Diogo foi o criador desta ideia que, em pouco tempo, tornou-se fonte de pesquisa e catálogo para colecionadores, editoras e curiosos. Hoje o site (www.guiadosquadrinhos.com.br), conta com quase 200 mil edições cadastradas, mais de 100 mil capas e 250 mil histórias em seu banco de dados, com abrangência internacional.

O Guia dos Quadrinhos é um acervo muito importante que, por meio de um sistema colaborativo, mantém viva a história sobre edições raras do mundo das HQs. Os próprios internautas ajudam a manter o banco de dados atualizado. A partir de 2009 os eventos começaram, sempre buscando aproximar editores, autores, desenhistas e leitores que ao mesmo tempo são admirados e admiráveis, já que na feira, todos são leitores e colecionadores, antes de mais nada.

O evento também promove um bacana concurso de cosplays  extremamente democrático, que premia todo o pessoal! O concurso é organizado pela galera da Comics Cosplay BR, e acontece sempre no domingo. Para esquentar a brincadeira demos de cara com o pessoal da #HJ:

A ENTRADA

Mas vamos falar do evento em si! Para quem chegou com ingressos em compra antecipada (e pegou um lote mais em conta, claro), foi só apresentar a confirmação de pagamento. Mas fique tranquilo: para aqueles atrasados de última hora ou céticos do e-commerce, havia venda de ingressos na portaria :).

Não houve problemas para entrar. O movimento naquele horário (14h00 – 17h00), é bem baixo. O forte, segundo os próprios organizadores, foi no pico da abertura do evento, as 10h00. Para todos eram ofertadas sacolinhas com kit de boas vindas: um jornalzinho do evento para você se situar, uma HQ DC aleatória e os cards promocionais do evento:

 

Há que se dizer que o espaço, relativamente pequeno, ajuda a boa organização. Mas o evento em si foi muito bem montado, proporcionando facilidade para o visitante e imprensa tanto na circulação quanto na localização das mesas e stands.

LÁ DENTRO…

Nada de outras cerimônias para entrada. Uma vez colocada a pulseira de identificação e entregue o ingresso, você está livre, leve e solto para ver de tudo. 

 Assim que você entra já da cara com o salão dividido em corredores para abrigar expositores. Do lado esquerdo havia uma pequena cantina, embora o espaço Térreo do Clube conte com dois restaurantes (bem caros, é verdade!).

São 50 stands para se divertir: o forte são as HQs, mas em decorrência delas, também haviam muitos desenhistas que participaram da confecção do livro tributo a Jack Kirby e outros tantos independentes que desenhavam de super heróis a personagens de mangás, em todos os estilos de traço possíveis.

Dentre os stands de “comércio” notamos a participação de muitas produções independentes e genuinamente brasileiras, como a curiosa IHQ, com o título “Pátria Armada”. O Autor, Klebs Junior, ressaltou que é importante termos referências brasileiras num mercado tão rico e ao mesmo tempo tão carente de ícones. Se você quer saber mais, não perca tempo em acessar o site e se familiarizar com o teor da HQ que promete uma mistura interessante e totalmente paralela a uma história real brasileira. Acesse aqui.

Muitos NERDS correndo, muitos NERDS comprando, muitos NERDS tirando fotos…

E eu atrás de nosso ranger! É verdade que já tinha em mente que, em sendo o evento direcionado ao mundo Marvel, não seria uma das tarefas mais fáceis localizar Bonellis por lá. Mas havia tanta diversidade, que não hesitei em começar as buscas logo que cheguei. Até porque, o festival é de QUADRINHOS, oras!

Porém a resposta a minha busca foi rápida e certeira: achar Tex ou qualquer outro quadrinho “normal” seria um pouco mais complicado do que estava imaginando. Quando digo aqui normal, refiro-me ao conteúdo: não temos um herói com super poderes ou com uma super mutação que salva o mundo de um asteróide ou invasão alienígena. Temos uma pessoa normal, como eu e você, que luta para ver justiça feita. Mas não se engane se o enredo parece monótono: o bang bang e a dose de diversão são garantidas nas folhas deste ícone.

Foi quando, timidamente, localizei a primeira esperança:

Ele não estava entre muitos. Na verdade era o único ao lado, do também único, exemplar de Frontera!. Acabei achando algumas coisas perdidas na banca da edição Tex em Cores e alguns exemplares da luxuosa Tex Gigante em Cores. O expositor, a COMIX Book Shop, no entanto, garantiu que em sua loja havia muitas mais opções do ranger para compra, mas que não focava em levar por conta da baixa procura nos eventos. Ele relatou que era um item mais específico, e por isso não ocupava espaço com isso.

Aqui já acendeu uma luz amarela confirmando uma suspeita que já tinha desde que comecei a ler Tex.

Não contente com a primeira negativa, sai garimpando pelos outros stands, quando parei na POP ART’s House: foi uma surpresa muita grata achar edições a venda de Ken Parker (que também estavam à venda na COMIX Book Shop), principalmente in loco.  E nesta banca, em particular, eu abri o maior sorriso do mundo, até porque não conhecia essa obra (fiquem calmos, faz pouco tempo que me converti a causa texiana!):

Não preciso dizer o quanto eu parecia criança com esta belezinha na mão. O formato diferenciado, os textos escritos com esmero, o cheiro das folhas, os desenhos… Ah Civitelli, como eu sou apaixonada por sua obra! Se pudesse colocar meus preferidos num pedestal, ao alto estaria você, com o Villa e o Ticci. Colados no lendário Galep, que não só por ser pai de Tex, mas porque tem um traço muito peculiar que me remete bem aos mocinhos de caubói das fábulas românticas. O que dizer de Rotundo, Leomacs, Jesus Blasco (oh… meu… Deus….) e o próprio Serpieri… Cada um com uma individualidade impecável, que chega a ser covardia e uma tremenda injustiça mencionar apenas alguns. Mas confesso declaradamente meu amor pelos seus desenhos e SEU Tex (aliás, já vi e revi cada imagem como se fosse a última que vejo em minha vida). E, se você é admirador de Tex, este item definitivamente não pode faltar na sua coleção. Na feira ainda tive um desconto e o item saiu por R$60,00.

A POP ART’s dispunha de alguns poucos exemplares de Tex Gigante em Cores e apenas um único tomo desta pérola, que sim, É MINHA. Conversando com o vendedor, ele relatou o mesmo problema do pessoal da COMIX: acaba tomando muito espaço e quase não tem saída. 

Na saída desta última banca, acabei encontrando uma figura muito peculiar, que se identificou como Marquinhos, que me relatou a grande dificuldade em localizar exemplares a venda de Ken Parker (seu preferido no momento), que sentia falta de uma maior adesão do público a uma leitura tão peculiar. Ele já foi leitor de Tex, mas pelo pouco que entendi de nossa breve conversa, ele já não gostava tanto do estilo “bang-bang” e da linearidade do personagem. Conversamos também a respeito de Mágico Vento e Dylan Dog os quais ele também adora, e sua brevidade de publicações no Brasil (brevidade em termos porque sabemos que a Editora Lorenz está voltando com Dylan – que seja para ficar, por favor…).

Embora Tex se destaque pela forte campanha da Mythos Editora, há que se ponderar que, considerando o aquecimento do mercado mundial de comics e nossa extensão territorial, TEX, principalmente aqui no Brasil, deveria ter uma maior aderência. Mas voltaremos no assunto mais adiante :). Aos curiosos de plantão, aviso que meu amigo Marquinhos é realmente uma pessoa muito reservada e não quis dar maiores detalhes sobre si mesmo. Mas sem dúvidas foi mais uma enorme chance de aprender mais sobre o mundo dos fumettis.

Minha decepção só não foi maior porque achei no Empório HQ (um stand grande e recheado), MUITAS edições a venda de TEX (coleção e mensal), ZAGOR e até mesmo Martin Mystere, Dylan Dog, Nathan Never e Mágico Vento (estas em menor número): 

O que também me causou muita surpresa é que, nestas quase quatro horas que passei por ali, entre observar o comportamento do público, a busca por determinados títulos e, claro, o olho colado nas bancas que tinham Bonelli, pude notar que realmente poucos se interessavam ou buscavam pelas revistinhas, ao menos a título de curiosidade, coisa que já não acontecia com os exemplares ou revistinhas mirradas que tinham capas surreais de heróis impossíveis. 

Paralelo ao mercado de pulgas, no auditório do evento, ocorriam as palestras (que também acontecem neste domingo, dia 09 de abril). O foco, como já mencionamos, é a comemoração dos 50 anos de Marvel no Brasil (o que incluiu uma discussão sobre o mito Jack Kirby), além da homenagem à quadrinhista Lilian Mitsunaga. Nas rodas de covnersa o pessoal da Editora Abril iniciou um bate bola sobre a publicação dos quadrinhos Disney e seu sucesso aqui no Brasil.

Para amanhã, dia 09, a programação do auditório fica mais técnica e foca no mercado de quadrinhos. Veja aqui: programação

NO FIM…

Estou decepcionada? Depende. Se você me perguntar como sendo um feira de HQs, não. Foi bem legal e tinha muita coisa. Até mesmo action figures e pilhas e pilhas daqueles bonecos funko eram facilmente vistos em praticamente TODAS as mesas. Chaveiros, desenhos, artes exclusivas, almofadas, chocolates, livros, cartões, marcadores, quadrinhos, desenhos… de tudo que você imagine. Até mesmo havia um quiz interativo no palco durante o evento, enquanto rolava no auditório as palestras direcionadas e focadas no 50 Anos de Marvel em terras tupiniquins, como já mencionamos. 

Mas se você me questionar agora como leitora de TEX… De Bonelli Comics… Bem, confesso que muito animada não fiquei mesmo. 

Porém a experiência revelou muito: o mercado de HQs, embora ainda seja tratado como um hobby de cultura infanto-juvenil, NÃO é. Basta a rápida olhada pela feira: o publico alvo era pelo menos, acima de 30 anos, em média. Sim, muita molecada no evento, mas a maioria mais interessada na guerra de sabres de luz do que nas revistinhas propriamente ditas. 

O foco das compras eram super heróis. TODOS que puder imaginar. Inclusive você deve estar se perguntando: oras sendo o foco na Marvel, o que esta maluca esperava??? 

Pois é amigo, o foco DAS HOMENAGENS era na Marvel… Tanto que muitos stands eram totalmente focados em Star Wars, The Walking Dead… e assim por diante. Ver a participação do ranger reduzida a alguns poucos exemplares e uma caixa de edições regulares foi realmente uma decepção. Até mesmo para achar texianos foi algo um pouco difícil. Aos donos das bancas, que conhecem claro, era complicado apontar outros que estivessem por ali em maior número. Tomei conhecimento que o grande Adriano Rainho estaria lá e que o cartunista Bira Dantas também, mas infelizmente (e factualmente, par meu azar), não nos cruzamos!

E ai comecei a pensar que de fato TEX, embora seja uma obra primorosa, PRECISA contar com outros mecanismos para renovar seu público alvo. Não inovar o conteúdo, longe disso! Mas sim buscar em outros veículos mais modernos uma melhor aderência ao público até 30 anos. E quando digo isso remeto ao cerne de outras matérias que já produzi: jogos eletrônicos e a entrada no mundo LEGO podem ser meios eficazes para injetar o personagem em lares mais amplos, fazendo com que a história permaneça viva, com novos colecionadores, com novos itens, com uma nova geração de admiradores.

Nem sempre se pode esperar o mercado mudar sua tendência: a inovação tem que partir do mais forte para que os mais fracos possam segui-la. Não quero que Tex daqui alguns anos acabe por fazer parte apenas de histórias e registros em museu. Não. Não podemos deixar isso acontecer. E mais do que “só” comprar (OK, eu sei! É o principal, mas não o essencial), temos que disseminar o legado texiano nas novas gerações, seja influenciando na tenra leitura, seja apresentando o ranger de outra forma, e aqui entra a Sergio Bonelli Editore: manter conservada suas tradições de publicações é incrível e memorável, mas se há interesse em expandir com força na nova geração, será que não é chegada a hora de sentar e rever certas manobras?

Tex não tem que perder sua essência. Não tem que ganhar super poderes. Não precisa lutar contra mortos vivos ou empunhar um sabre de luz. Ele só precisa de mais espaço: e espaço do jeito certo.

VIDA LONGA AO TEX!

Copy, Roger that!

Festival Guia dos Quadrinhos 2017 – E ai?!

Olá amigos e leitores!

Hoje, dia 08, estive presente no Festival Guia de Quadrinhos, em sua edição 2017, aqui em São Paulo, Brasil. O evento acontece neste final de semana, dias 08 e 09 de abril (das 10h00 às 21h00 no primeiro dia, e das 10h00 as 19h00 no domingo), no coração de Sampa: Avenida Paulista, n.735, Bela Vista (Clube Homs).

E para variar fui atrás de nosso amado Ranger: TEX!

O QUE É O FESTIVAL GUIA DOS QUADRINHOS?

Sim, eu também não sabia! Mas o Projeto nasceu nos idos de 2007, mais precisamente em 05 de março daquele ano, como consta do próprio informativo do evento. Edson Diogo foi o criador desta ideia que, em pouco tempo, tornou-se fonte de pesquisa e catálogo para colecionadores, editoras e curiosos. Hoje o site (www.guiadosquadrinhos.com.br), conta com quase 200 mil edições cadastradas, mais de 100 mil capas e 250 mil histórias em seu banco de dados, com abrangência internacional.

O Guia dos Quadrinhos é um acervo muito importante que, por meio de um sistema colaborativo, mantém viva a história sobre edições raras do mundo das HQs. Os próprios internautas ajudam a manter o banco de dados atualizado. A partir de 2009 os eventos começaram, sempre buscando aproximar editores, autores, desenhistas e leitores que ao mesmo tempo são admirados e admiráveis, já que na feira, todos são leitores e colecionadores, antes de mais nada.

O evento também promove um bacana concurso de cosplays  extremamente democrático, que premia todo o pessoal! O concurso é organizado pela galera da Comics Cosplay BR, e acontece sempre no domingo. Para esquentar a brincadeira demos de cara com o pessoal da #HJ:

A ENTRADA

Mas vamos falar do evento em si! Para quem chegou com ingressos em compra antecipada (e pegou um lote mais em conta, claro), foi só apresentar a confirmação de pagamento. Mas fique tranquilo: para aqueles atrasados de última hora ou céticos do e-commerce, havia venda de ingressos na portaria :).

Não houve problemas para entrar. O movimento naquele horário (14h00 – 17h00), é bem baixo. O forte, segundo os próprios organizadores, foi no pico da abertura do evento, as 10h00. Para todos eram ofertadas sacolinhas com kit de boas vindas: um jornalzinho do evento para você se situar, uma HQ DC aleatória e os cards promocionais do evento:

 

Há que se dizer que o espaço, relativamente pequeno, ajuda a boa organização. Mas o evento em si foi muito bem montado, proporcionando facilidade para o visitante e imprensa tanto na circulação quanto na localização das mesas e stands.

LÁ DENTRO…

Nada de outras cerimônias para entrada. Uma vez colocada a pulseira de identificação e entregue o ingresso, você está livre, leve e solto para ver de tudo. 

 Assim que você entra já da cara com o salão dividido em corredores para abrigar expositores. Do lado esquerdo havia uma pequena cantina, embora o espaço Térreo do Clube conte com dois restaurantes (bem caros, é verdade!).

São 50 stands para se divertir: o forte são as HQs, mas em decorrência delas, também haviam muitos desenhistas que participaram da confecção do livro tributo a Jack Kirby e outros tantos independentes que desenhavam de super heróis a personagens de mangás, em todos os estilos de traço possíveis.

Dentre os stands de “comércio” notamos a participação de muitas produções independentes e genuinamente brasileiras, como a curiosa IHQ, com o título “Pátria Armada”. O Autor, Klebs Junior, ressaltou que é importante termos referências brasileiras num mercado tão rico e ao mesmo tempo tão carente de ícones. Se você quer saber mais, não perca tempo em acessar o site e se familiarizar com o teor da HQ que promete uma mistura interessante e totalmente paralela a uma história real brasileira. Acesse aqui.

Muitos NERDS correndo, muitos NERDS comprando, muitos NERDS tirando fotos…

E eu atrás de nosso ranger! É verdade que já tinha em mente que, em sendo o evento direcionado ao mundo Marvel, não seria uma das tarefas mais fáceis localizar Bonellis por lá. Mas havia tanta diversidade, que não hesitei em começar as buscas logo que cheguei. Até porque, o festival é de QUADRINHOS, oras!

Porém a resposta a minha busca foi rápida e certeira: achar Tex ou qualquer outro quadrinho “normal” seria um pouco mais complicado do que estava imaginando. Quando digo aqui normal, refiro-me ao conteúdo: não temos um herói com super poderes ou com uma super mutação que salva o mundo de um asteróide ou invasão alienígena. Temos uma pessoa normal, como eu e você, que luta para ver justiça feita. Mas não se engane se o enredo parece monótono: o bang bang e a dose de diversão são garantidas nas folhas deste ícone.

Foi quando, timidamente, localizei a primeira esperança:

Ele não estava entre muitos. Na verdade era o único ao lado, do também único, exemplar de Frontera!. Acabei achando algumas coisas perdidas na banca da edição Tex em Cores e alguns exemplares da luxuosa Tex Gigante em Cores. O expositor, a COMIX Book Shop, no entanto, garantiu que em sua loja havia muitas mais opções do ranger para compra, mas que não focava em levar por conta da baixa procura nos eventos. Ele relatou que era um item mais específico, e por isso não ocupava espaço com isso.

Aqui já acendeu uma luz amarela confirmando uma suspeita que já tinha desde que comecei a ler Tex.

Não contente com a primeira negativa, sai garimpando pelos outros stands, quando parei na POP ART’s House: foi uma surpresa muita grata achar edições a venda de Ken Parker (que também estavam à venda na COMIX Book Shop), principalmente in loco.  E nesta banca, em particular, eu abri o maior sorriso do mundo, até porque não conhecia essa obra (fiquem calmos, faz pouco tempo que me converti a causa texiana!):

Não preciso dizer o quanto eu parecia criança com esta belezinha na mão. O formato diferenciado, os textos escritos com esmero, o cheiro das folhas, os desenhos… Ah Civitelli, como eu sou apaixonada por sua obra! Se pudesse colocar meus preferidos num pedestal, ao alto estaria você, com o Villa e o Ticci. Colados no lendário Galep, que não só por ser pai de Tex, mas porque tem um traço muito peculiar que me remete bem aos mocinhos de caubói das fábulas românticas. O que dizer de Rotundo, Leomacs, Jesus Blasco (oh… meu… Deus….) e o próprio Serpieri… Cada um com uma individualidade impecável, que chega a ser covardia e uma tremenda injustiça mencionar apenas alguns. Mas confesso declaradamente meu amor pelos seus desenhos e SEU Tex (aliás, já vi e revi cada imagem como se fosse a última que vejo em minha vida). E, se você é admirador de Tex, este item definitivamente não pode faltar na sua coleção. Na feira ainda tive um desconto e o item saiu por R$60,00.

A POP ART’s dispunha de alguns poucos exemplares de Tex Gigante em Cores e apenas um único tomo desta pérola, que sim, É MINHA. Conversando com o vendedor, ele relatou o mesmo problema do pessoal da COMIX: acaba tomando muito espaço e quase não tem saída. 

Na saída desta última banca, acabei encontrando uma figura muito peculiar, que se identificou como Marquinhos, que me relatou a grande dificuldade em localizar exemplares a venda de Ken Parker (seu preferido no momento), que sentia falta de uma maior adesão do público a uma leitura tão peculiar. Ele já foi leitor de Tex, mas pelo pouco que entendi de nossa breve conversa, ele já não gostava tanto do estilo “bang-bang” e da linearidade do personagem. Conversamos também a respeito de Mágico Vento e Dylan Dog os quais ele também adora, e sua brevidade de publicações no Brasil (brevidade em termos porque sabemos que a Editora Lorenz está voltando com Dylan – que seja para ficar, por favor…).

Embora Tex se destaque pela forte campanha da Mythos Editora, há que se ponderar que, considerando o aquecimento do mercado mundial de comics e nossa extensão territorial, TEX, principalmente aqui no Brasil, deveria ter uma maior aderência. Mas voltaremos no assunto mais adiante :). Aos curiosos de plantão, aviso que meu amigo Marquinhos é realmente uma pessoa muito reservada e não quis dar maiores detalhes sobre si mesmo. Mas sem dúvidas foi mais uma enorme chance de aprender mais sobre o mundo dos fumettis.

Minha decepção só não foi maior porque achei no Empório HQ (um stand grande e recheado), MUITAS edições a venda de TEX (coleção e mensal), ZAGOR e até mesmo Martin Mystere, Dylan Dog, Nathan Never e Mágico Vento (estas em menor número): 

O que também me causou muita surpresa é que, nestas quase quatro horas que passei por ali, entre observar o comportamento do público, a busca por determinados títulos e, claro, o olho colado nas bancas que tinham Bonelli, pude notar que realmente poucos se interessavam ou buscavam pelas revistinhas, ao menos a título de curiosidade, coisa que já não acontecia com os exemplares ou revistinhas mirradas que tinham capas surreais de heróis impossíveis. 

Paralelo ao mercado de pulgas, no auditório do evento, ocorriam as palestras (que também acontecem neste domingo, dia 09 de abril). O foco, como já mencionamos, é a comemoração dos 50 anos de Marvel no Brasil (o que incluiu uma discussão sobre o mito Jack Kirby), além da homenagem à quadrinhista Lilian Mitsunaga. Nas rodas de covnersa o pessoal da Editora Abril iniciou um bate bola sobre a publicação dos quadrinhos Disney e seu sucesso aqui no Brasil.

Para amanhã, dia 09, a programação do auditório fica mais técnica e foca no mercado de quadrinhos. Veja aqui: programação

NO FIM…

Estou decepcionada? Depende. Se você me perguntar como sendo um feira de HQs, não. Foi bem legal e tinha muita coisa. Até mesmo action figures e pilhas e pilhas daqueles bonecos funko eram facilmente vistos em praticamente TODAS as mesas. Chaveiros, desenhos, artes exclusivas, almofadas, chocolates, livros, cartões, marcadores, quadrinhos, desenhos… de tudo que você imagine. Até mesmo havia um quiz interativo no palco durante o evento, enquanto rolava no auditório as palestras direcionadas e focadas no 50 Anos de Marvel em terras tupiniquins, como já mencionamos. 

Mas se você me questionar agora como leitora de TEX… De Bonelli Comics… Bem, confesso que muito animada não fiquei mesmo. 

Porém a experiência revelou muito: o mercado de HQs, embora ainda seja tratado como um hobby de cultura infanto-juvenil, NÃO é. Basta a rápida olhada pela feira: o publico alvo era pelo menos, acima de 30 anos, em média. Sim, muita molecada no evento, mas a maioria mais interessada na guerra de sabres de luz do que nas revistinhas propriamente ditas. 

O foco das compras eram super heróis. TODOS que puder imaginar. Inclusive você deve estar se perguntando: oras sendo o foco na Marvel, o que esta maluca esperava??? 

Pois é amigo, o foco DAS HOMENAGENS era na Marvel… Tanto que muitos stands eram totalmente focados em Star Wars, The Walking Dead… e assim por diante. Ver a participação do ranger reduzida a alguns poucos exemplares e uma caixa de edições regulares foi realmente uma decepção. Até mesmo para achar texianos foi algo um pouco difícil. Aos donos das bancas, que conhecem claro, era complicado apontar outros que estivessem por ali em maior número. Tomei conhecimento que o grande Adriano Rainho estaria lá e que o cartunista Bira Dantas também, mas infelizmente (e factualmente, par meu azar), não nos cruzamos!

E ai comecei a pensar que de fato TEX, embora seja uma obra primorosa, PRECISA contar com outros mecanismos para renovar seu público alvo. Não inovar o conteúdo, longe disso! Mas sim buscar em outros veículos mais modernos uma melhor aderência ao público até 30 anos. E quando digo isso remeto ao cerne de outras matérias que já produzi: jogos eletrônicos e a entrada no mundo LEGO podem ser meios eficazes para injetar o personagem em lares mais amplos, fazendo com que a história permaneça viva, com novos colecionadores, com novos itens, com uma nova geração de admiradores.

Nem sempre se pode esperar o mercado mudar sua tendência: a inovação tem que partir do mais forte para que os mais fracos possam segui-la. Não quero que Tex daqui alguns anos acabe por fazer parte apenas de histórias e registros em museu. Não. Não podemos deixar isso acontecer. E mais do que “só” comprar (OK, eu sei! É o principal, mas não o essencial), temos que disseminar o legado texiano nas novas gerações, seja influenciando na tenra leitura, seja apresentando o ranger de outra forma, e aqui entra a Sergio Bonelli Editore: manter conservada suas tradições de publicações é incrível e memorável, mas se há interesse em expandir com força na nova geração, será que não é chegada a hora de sentar e rever certas manobras?

Tex não tem que perder sua essência. Não tem que ganhar super poderes. Não precisa lutar contra mortos vivos ou empunhar um sabre de luz. Ele só precisa de mais espaço: e espaço do jeito certo.

VIDA LONGA AO TEX!

Copy, Roger that!

O mistério sobre o arco e flecha da lendária Tex 01 da Editora Vecchi

Muitos boatos chegaram aos nossos ouvidos sobre a possível existência de um brinde que foi dado juntamente com a Tex 01, lançada em 1971.

A história toda se embasa na teoria de que a Editora Vecchi teria comprado um lote de brinquedos de arco e flecha para ser dado para os leitores por ocasião do lançamento. Isso decorre de um anúncio que foi publicado nas contra capas das HQs.

Mas chegaram inúmeras respostas e outras mil teorias sem muito embasamento ou provas. Nosso presidente, Jesse Bicodepena, acabou localizando o contado da colega Ana Cristina Caldatto, uma colecionadora e grande arquivista de brinquedos.

Entrei em contato com ela, que, muito gentilmente, tratou de me colocar em contato com a Laíse Rodrigues, também uma colecionadora e entendedora de tais assuntos. No entanto, desde o início já tinha consignado que tinha o catálogo com a imagem do dito brinquedo. A colega Ana, ainda repassou nosso questionamento adiante em grupos de colecionadores, onde acabou sendo dado como satisfatória a dita foto que ela disponibilizara:

Nossa pesquisa conjunta, com esforços incríveis de Ana, Laíse, e até mesmo seu marido, Toni acabou chegando a seguinte conclusão, pelas palavras da própria Laíse:

“(…)Não. Não ha imagem nenhuma atual deste brinde. Nem confirmação nenhuma “oficial” de que existiu. (…) A imagem postada pela Ana e por mim se refere ao catalogo da Trol 1972 onde figura um mini arco como bem observado pelo Toni identificado na embalagem como arco do Tex utilizando o logo da revista, o que se conclui que certamente o brinde da revista foi produzido em 1971 e ainda disponível em 1972 pela fábrica Trol.

Esta imagem satisfez a maioria das pessoas como confirmação de que realmente existiu um mini arco do Tex e por ser um brinquedinho tão simples  tenha sido mesmo dado com a revista.

Mas a polêmica continua por alguns apesar de terem sido apresentado também anuncio antigo de que a revista traria o brinde.

(…)

Acredite ou não duvidaram até que a imagem do catalogo não fosse verdadeira e sim montagem. Tenho o catalogo impresso original e garanto a veracidade da imagem.

O que ainda intriga é se a comercialização deste produto foi avulsa ou de fato dada como brinde. ” (sic)

As imagens são exatamente as mesmas que a Ana já havia cedido:

Enfim, amigos, é difícil dizer e avalizar a comercialização conjunta. Mas minhas buscas continuam 🙂

Aproveito para deixar o contato da Ana Calderatto, que mantém um site incrível sobre brinquedos! Vale a pena passar um tempo por lá, porque além de tudo ainda tem histórias magníficas que nos faz voltar no tempo (que pode ser consultado acessando aqui)!

Agradeço a Laíse Rodrigues por ter me dado um feedback conciso e esclarecedor.

Mas e vocês, amigos… O que acham sobre tudo isso?