Análise Gráfica – Zagor em Cores Mythos 1

Chegou o primeiro volume do Zagor Edição  Especial em Cores  – A Origem de Zagor, pela Editora Mythos, e resolvemos analisar as várias que trazem esta história no Brasil, bem como, a versão italiana colorida.

Apenas olhando se observa algumas diferenças entre elas, sendo que a edição da Vecchi e a da Mythos são em formatinho, enquanto a da Record é formato italiano, ainda que a edição em cores da série ‘Storica’ é um formato maior, o chamado no Brasil de ‘gigante’.
O Formatinho da Vecchi é um pouco menor que  a edição da Mythos, menos que 1cm entre eles. Ainda se observa que a capa da Vecchi não possui uma gramatura igual à da Mythos, um dos pontos positivos deste volume, haja vista, que a capa possui um acabamento mais consistente que o habitual.
Salienta-se que a capa da Vecchi utiliza a versão italiana do Zagor 01, e não a que se refere a história no interior da revista, Zagor italiano # 55 que aparece na última capa da edição, e que é usada como capa na revista da editora Record.
Sendo que a edição em cores, utiliza a capa do Zagor Italiano # 56 – Il Rè di Darkwood, tal como ocorreu com a edição em cores italiana. Na versão nacional observa-se que a posição de Zagor frente a capa italiana está invertida.
Ainda há diferença no uso das cores, sendo que a paleta utilizada no Brasil é mais ‘carregada’, enquanto a versão original (italiana) as cores são mais ‘suave’, mas nada que comprometa ou altere as cores utilizadas, que se mantém fieis aos tons utilizados.
Falando em cores e formatinhos versus p/b e formato grande, vamos observar um pouco o interior das edições, começando pelo formatinho da Vecchi 01 – A Origem de Zagor, onde se vê os detalhes do p/b sobre o papel, que é bem similar ao da Mythos.
O material da editora Record tem um campo visual melhor, devido o formato italiano, onde não se ‘condensa/comprime’ tanto a imagem como ocorre com o formatinho.
E por falar, em formatinho, é possível analisar esta tomada de sombras e escurecimento da imagem, em grande parte, pela redução da imagem, isto porém não destoa tão firmemente da impressão italiana, que possui o formato gigante, porém uma paleta bem mais suave.
As imagens não ficam deformadas no formatinho, mesmo com a redução, e nem as cores somem neste caso, o que não implica grandemente no processo de leitura, observação das artes e o uso das cores, apesar das diferenças apresentadas.
Um ponto positivo desta edição da Mythos frente as outras edições nacionais, foi a inclusão de material extra sobre os pais gráficos de Zagor, e um pouco sobre a personagem e que não se viu nem na Origem de Zagor da Record ou da Vecchi.
Certamente os extras acrescentam à história, e o conhecimento acerca o Rei de Darkwood. O talão de cheque (formato inicial das histórias) é a prova histórica do sucesso obtido destas décadas. Preencham as vossas folhas de cheque, e boas compras, edição realmente especial!

Homenagem a Gallieno Ferri!

REVISTA AVENTURA  nº 04 – GALLIENO FERRI

Para o final do mês de maio de 2017, está previsto na Itália o lançamento de uma edição Especial para o pai gráfico de ZAGOR: GALLIENO FERRI (Ferri).


Para a tal, a revista Aventura, trará 2 histórias com roteiro do criador de Zagor e Mister No: Sergio Bonelli (Guido Nollita), bem como, o pai gráfico destas personagens: Ferri.

Sendo que a “Encontro na Floresta” foi publicada no Brasil nas edições Zagor Vecchi 12, e na Zagor Especial 01 da Editora Record. Neste volume se dá o Encontro de Zagor com o Chico, que aliás abre a história, até a primeira aparição do herói no desenrolar da aventura.

O volume especial ao Ferri trará a aventura que abre o 1º número da Revista Mister No da Editora Record: “Amazônia”, tomado do nome à 2ª história ali presente, e nos mostra um pouco da vida de Mister NO enquanto agente turístico em Manaus.

No site da Sergio Bonelli Editore temos o seguinte texto:


“Um pouco mais de um ano após sua morte, o nosso Editor presta a homenagem apropriada para Gallieno Ferri, com a Revista Aventura, inteiramente dedicado ao Mestre da Ligúria. 

As páginas da revista reproduzem na íntegra as primeiras aventuras completas de dois heróis que viveram a sua estreia graças aos desenhos de Ferri: Zagor e Mister No! 
Além da história em quadrinhos, o volume traz esboços e um dossiê dedicado ao príncipe inesquecível de desenhistas zagorianos.”

Homenagem a Gallieno Ferri!

REVISTA AVENTURA  nº 04 – GALLIENO FERRI

Para o final do mês de maio de 2017, está previsto na Itália o lançamento de uma edição Especial para o pai gráfico de ZAGOR: GALLIENO FERRI (Ferri).


Para a tal, a revista Aventura, trará 2 histórias com roteiro do criador de Zagor e Mister No: Sergio Bonelli (Guido Nollita), bem como, o pai gráfico destas personagens: Ferri.

Sendo que a “Encontro na Floresta” foi publicada no Brasil nas edições Zagor Vecchi 12, e na Zagor Especial 01 da Editora Record. Neste volume se dá o Encontro de Zagor com o Chico, que aliás abre a história, até a primeira aparição do herói no desenrolar da aventura.

O volume especial ao Ferri trará a aventura que abre o 1º número da Revista Mister No da Editora Record: “Amazônia”, tomado do nome à 2ª história ali presente, e nos mostra um pouco da vida de Mister NO enquanto agente turístico em Manaus.

No site da Sergio Bonelli Editore temos o seguinte texto:


“Um pouco mais de um ano após sua morte, o nosso Editor presta a homenagem apropriada para Gallieno Ferri, com a Revista Aventura, inteiramente dedicado ao Mestre da Ligúria. 

As páginas da revista reproduzem na íntegra as primeiras aventuras completas de dois heróis que viveram a sua estreia graças aos desenhos de Ferri: Zagor e Mister No! 
Além da história em quadrinhos, o volume traz esboços e um dossiê dedicado ao príncipe inesquecível de desenhistas zagorianos.”

Zagor Especial 56

OS DESERTORES / A CIDADE ESCONDIDA

Texto: G. Nolitta * Desenhos: F. Donatelli Capa: Ferri

Formato 13,5 x 17,6 cm – 292 pags – p&b – R$ 29,90

Um grande número de deserções está acontecendo em um Posto Avançado do Exército. Zagor e Chico fingem ser soldados e descobrem que os militares em fuga vão todos para um local secreto. Usando um estratagema, o Espírito da Machadinha segue para o refúgio dos desertores em busca da solução do mistério. 

No Estado da Virgínia, em meio a montanhas inacessíveis, surge a cidade de Nova Uxmal, onde vivem os descendentes dos antigos maias que séculos antes fugiram dos conquistadores espanhóis. Ali, o jovem Lebnor combate a tirania do Sacerdote Moikos, que reina graças aos seus matans, guerreiros gigantescos e invencíveis!

A Origem de Zagor

No Brasil, a história que chegará em 2017, em cores pela primeira vez, foi lançada em duas versões, bastante diferentes, em termos de edição, e não história, apesar das singularidades da tradução.

                                   




A Primeira revista do Zagor no Brasil em Agosto de 1978 veio com a capa da ZAGOR 01 Italiana: Encontro na Floresta, que a Vecchi só lançaria na edição 12.

Lembrando que é em “Encontro na Floresta” onde Chico aparece pela primeira vez, antes de Zagor e acabam se salvando mutuamente ao longo da aventura.

A Editora Record em Agosto de 1989, após Zagor ter passado pela Editora RGE/Globo, relança o personagem em formato italiano, ao contrário da Vecchi, RGE/Globo que eram formatinho, acabamento plastificado para capas, fazendo estas edições Record, as mais memoráveis entre os fãs pelo alto grau de editoração!
Ambas edições nacionais tiveram o editor OTA, que é lembrado com muito carinho por suas epístolas nas revistas Record, além dele Paulo Guanaes fez a tradução, sendo que a Zagor VECCHI teve de usar um pseudônimo por motivos trabalhistas com a editora e o W. Valim que letreirou as edições.

ORIGEM de ZAGOR em CORES – Mythos 2017

Em primeira mão, trazemos a cereja do bolo, dentro da programação ZAGOR MYTHOS 2017: ORIGEM do ZAGOR em CORES!
A edição já foi publicada pelas editoras Vecchi (1978) e Record (1989) porém ambos volumes são em preto e branco!
Apesar de duas versões nacionais em p/b em solo brasileiro, a mesma, por outro lado é bastante procurada pelos fãs e muitas vezes, pedem a republicação do volume.
E com o sucesso da publicação em cores na Itália, das edições de Zagor, bem como, o sucesso que a Epicenter Comics veem obtendo com volumes coloridos nos States, não há como se ausentar desta nova realidade.
Atendendo a inúmeros pedidos de fãs nos últimos anos quanto ao lançamento do Zagor em Cores, a Mythos lança o volume com a ORIGEM do ZAGOR (Zagor Italiano 55), que como se vê nas imagens acima descobriu da pior forma o preço da vingança.
E quanto sacrifício é preciso para ‘remediar’ o caminho da machadinha desenterrada. O heroi nasce e cresce com apoio de amigos, e se constroi na lida com as tribos e demais habitantes de Darkwood.
Sem sombras de dúvidas, um acerto da Mythos em lançar ZAGOR em Cores com a Origem de Zagor, ainda que não seja a Zagor Italiana 01, como nós fãs do Espírito da Machadinha gostaríamos. 

Zagor Especial 56 e 57 – Novidades Mythos 2017


Através de email, o Editor de Zagor – Mythos Editora: Dorival, nos informou que os próximos lançamentos do ZAGOR ESPECIAL serão:

Zagor Especial 56 (286 páginas) – O Desafio Final – Prisioneiro

Referente à Zagor n° 37/38
Roteiro: Guido Nolitta 
Desenhos: Franco Donatelli
Capa: Ferri

No posto 11, há um grande número de deserções. Zagor e Chico se fingem de soldados para descobrir o porquê dos militares estarem em fuga. 
2ª História é Referente à Zagor n° 50/51 – Cidade Oculta
 

Roteiro: Cesare Melloncelli
Arte: Franco Donatelli
CAPAGallieno Ferri
Oculto a partir de montanhas inacessíveis, localizada na cidade de Nova Uxmal Virginia, que abriga os descendentes dos maias que fugiram séculos antes pelo México para evitar o avanço ameaçador dos Conquistadores. 
A New Uxmal, o jovem Lebnor combate a tirania do Sumo Sacerdote Moikos, que reina com a sua Matam, guerreiros gigantes e invencível! 

Zagor Especial 57 (286 páginas) – Carnaval Trágico – Rebeldes de Louisiana 
Referente à Zagor  101/103
Roteiro: Guido Nolitta
Desenhos: Franco Donatelli
Capas: Gallienus Ferri


Em seu caminho de volta para Darkwood, Zagor e Chico chegam em New Orleans, Louisiana, que recentemente tornou-se território americano, assim como o carnaval está prestes a começar. Mas a festa logo se transforma em tragédia: Donovan, o comandante da cidade de guarnição militar, é morto a sangue frio, durante o desfile de carros alegóricos. E quanto mais a suspeita é Chico!
Eles se chamam Irmãos do Rio. Uma organização subversiva que quer transformar a área de Nova Orleans em um pequeno estado independente pró-francês. Zagor, Chico e o jovem capitão Ellis comprometem-se a lutar contra eles, também buscando o apoio dos proprietários de terras locais. Mas Ellis sofre ataques contínuos. E o último pode ser fatal!
Zagor é contra os Irmãos do Rio (cuja identidade uma vez revelada, abala as estruturas), mas é capturado e jogado a uma enorme jacaré, mas acaba se salvando e passa à um contra-ataque. O terror começa então a serpentear entre os rebeldes: o Senhor da Darkwood vale mais do que todos eles juntos! Ele tem em seu lado um aliado inesperado …

Entrevista Rauch – Zagor 168

 Rauch e Ferrig

Zagor 600 – Entrevista Jacobo Rauch
O Espírito com a Machadinha  comemora sua edição 600  e em cor, desenhada pelo Mestre Ferri. Entrevistamos Rauch, escritor da aventura, que sabe tudo sobre o Zagor 600 e o retorno dos Akkronianos!

Seiscentos álbuns de Zagor constituem uma linha de chegada editorial extraordinária !  Um evento para destacar e ao qual merece um tratamento especial. Não só apresentando a saída colorida da Zagor 600 (tal como a tradição de longo prazo da nossa série), mas também certificar-se de que a aventura publicada é daquelas inesquecíveis! O que inventou Jacopo Rauch, roteirista da história que você vai encontrar nas bancas brasileiras no Zagor 168, pela Editora Mythos? Nós lhe perguntamos em nossa entrevista …

Os Akkronianos! Um retorno muito aguardado pelos fãs de Zagor! Quanta pressão você criou nessa expectativa, durante o processamento da história?
“Serei modesto. Não! … Um pouco”, porque, sendo eu um grande fã dos Akkronianos, a ideia de reescrevê-los me animou em primeiro lugar.  E um pouco, porque o assunto partiu de forma muito precisa e sem incertezas. Uma consideração: prenúncio de problemas. 


Portanto, por um lado, a exaltação de um grande retorno para escrever. E, por outro, uma pista que não deixou espaço para segundos pensamentos ou dúvidas. Então, eu escrevi a história muito rapidamente, sem pensar muito sobre a grande responsabilidade que eu tinha (felizmente, eu adiciono! … Porque se eu tinha parado para pensar muito sobre isso, provavelmente teria ficado paralisado pela enormidade da missão …) .
Você pensou em por de volta nos trilhos os leitores, escrevendo uma espécie de parte introdutória da história, ou a aventura começa ‘in medias res’, mergulhando o leitor direto ao coração da história?
Nada começa ‘in medias res’. Absolutamente não! … A história, sendo um número centenário, celebração, é obrigada a respeitar um conjunto de regras e esteios. Em primeiro lugar, a estrutura da trama, que impôs, tinha que ser a mais clássica possível. Nolittiana, eu diria. Com um desenvolvimento linear, um amigo do leitor, como ele gostava de chamar o mesmo Sergio Bonelli.


A única pequena exceção que me concedeu, em comparação com uma narrativa tradicional, é a introdução aos eventos com um breve resumo inicial, absolutamente inevitável para trazer leitores aos elementos da história por quais passaram, para adentrarem na nova história.
Quais são as outras apostas que você mencionou logo atrás?
Mais do que tudo, existem regras que eu tenho auto-imposta. A exigência de manter Zagor, ou Chico, no palco, em qualquer momento na história, em homenagem ao estilo Nolitta. Para entrar nas cenas zagorianas. 



A partir de uma canção por Chico gag, a reunião de líderes, ‘cameo’ inevitável para os personagens mais queridos que povoam a Floresta de Darkwood, trappers e índios americanos. Os Akkronianos estavam sempre lá, em algum lugar, afiando suas armas enquanto esperavam para voltar a vida, tão perigosos como sempre! … Em uma tentativa, em suma, para escrever uma história que piscando os olhos para o passado e especialmente para os elementos mais clássicos da série, como é correto e adequado que é para uma edição comemorativa.


Após a última derrota, a ameaça dos alienígenas do sexto planeta parecia coisa do passado. Como foi ter inventado o seu caminho de volta para a cena? De que base que você saiu?
Oh Deus. Eu vou te dizer … Só pareciam, a ameaça nunca acabou. Após o primeiro encontro com Zagor, os Akkronianos simplesmente tinha fugido … mas eles sempre estavam lá, em algum lugar (eu sempre imaginei) para afiar as armas à espera de voltar a vida, tão perigosos como nunca!. .. Só que desta vez, é claro, não poderia ser para uma exploração simples, como antes, mas para uma invasão do nosso planeta, com lotes de frota do espaço! … Eu parti daqui. 


A dificuldade era, se alguma coisa, para condensar tudo em uma edição … e levar a história inteiramente para Darkwood, Zagor organizado, protagonista absoluto. Uma vez que eu pensei que tinha encontrado a ideia direito de fazer isso (mas não posso revelar o que é, é claro) Eu me joguei de cabeça.

Você trabalhou com Gallieno Ferri, autor da primeira invasão akkroniana: como se desenvolveu a sua colaboração? Houve uma troca de ideias sobre as passagens, assunto ou acertos do script?
Paradoxalmente, depois de tantos anos de colaboração com a cabeça, esta foi a primeira vez que eu escrevi uma história para o Mestre. E eu toquei a sorte de fazer o certo para o número Zagor 600! … Na verdade, a cooperação verbal com Ferri foi realmente limitado ao essencial. Também porque não havia necessidade de tantas palavras. Assim como a escrita do roteiro, na verdade, a realização dos projetos gráficos correram sem contratempos. Fluido. Onde minhas descrições eram deficientes, em especial quanto aos detalhes da tecnologia akkroniana, ele pensou em  enriquecê-las e interpretá-las em sua cabeça, fazendo um excelente trabalho, sem a necessidade de eu dizer nada! … Salta aos olhos! Não é à toa que estamos falando de Ferri! Uma verdadeira honra trabalhar com ele, e, acima de tudo, um grande prazer!

 

No álbum também se vê a sombra de Hellingen: esta história está liderando o caminho para seu retorno anunciado?
Como todas as edições centenárias, esta história é autoconclusiva. Ela começa e termina lá, sem deixar nada pendente. Centra-se, portanto, exclusivamente nos Akkronianos! Mas, é claro que existe uma ligação com Hellingen …  Estive com Moreno Burattini (editor da série), certificando-me de que a história se passa em perfeita continuidade, e que deve haver algumas conexões com a próxima aventura trazendo o odiado “médico louco” para os amados Zagorianos! …

Entrevista realizada por Luca Del Savio
26/06/2015 

Entrevista Rauch – Zagor 168

 Rauch e Ferrig

Zagor 600 – Entrevista Jacobo Rauch
O Espírito com a Machadinha  comemora sua edição 600  e em cor, desenhada pelo Mestre Ferri. Entrevistamos Rauch, escritor da aventura, que sabe tudo sobre o Zagor 600 e o retorno dos Akkronianos!

Seiscentos álbuns de Zagor constituem uma linha de chegada editorial extraordinária !  Um evento para destacar e ao qual merece um tratamento especial. Não só apresentando a saída colorida da Zagor 600 (tal como a tradição de longo prazo da nossa série), mas também certificar-se de que a aventura publicada é daquelas inesquecíveis! O que inventou Jacopo Rauch, roteirista da história que você vai encontrar nas bancas brasileiras no Zagor 168, pela Editora Mythos? Nós lhe perguntamos em nossa entrevista …

Os Akkronianos! Um retorno muito aguardado pelos fãs de Zagor! Quanta pressão você criou nessa expectativa, durante o processamento da história?
“Serei modesto. Não! … Um pouco”, porque, sendo eu um grande fã dos Akkronianos, a ideia de reescrevê-los me animou em primeiro lugar.  E um pouco, porque o assunto partiu de forma muito precisa e sem incertezas. Uma consideração: prenúncio de problemas. 


Portanto, por um lado, a exaltação de um grande retorno para escrever. E, por outro, uma pista que não deixou espaço para segundos pensamentos ou dúvidas. Então, eu escrevi a história muito rapidamente, sem pensar muito sobre a grande responsabilidade que eu tinha (felizmente, eu adiciono! … Porque se eu tinha parado para pensar muito sobre isso, provavelmente teria ficado paralisado pela enormidade da missão …) .
Você pensou em por de volta nos trilhos os leitores, escrevendo uma espécie de parte introdutória da história, ou a aventura começa ‘in medias res’, mergulhando o leitor direto ao coração da história?
Nada começa ‘in medias res’. Absolutamente não! … A história, sendo um número centenário, celebração, é obrigada a respeitar um conjunto de regras e esteios. Em primeiro lugar, a estrutura da trama, que impôs, tinha que ser a mais clássica possível. Nolittiana, eu diria. Com um desenvolvimento linear, um amigo do leitor, como ele gostava de chamar o mesmo Sergio Bonelli.


A única pequena exceção que me concedeu, em comparação com uma narrativa tradicional, é a introdução aos eventos com um breve resumo inicial, absolutamente inevitável para trazer leitores aos elementos da história por quais passaram, para adentrarem na nova história.
Quais são as outras apostas que você mencionou logo atrás?
Mais do que tudo, existem regras que eu tenho auto-imposta. A exigência de manter Zagor, ou Chico, no palco, em qualquer momento na história, em homenagem ao estilo Nolitta. Para entrar nas cenas zagorianas. 



A partir de uma canção por Chico gag, a reunião de líderes, ‘cameo’ inevitável para os personagens mais queridos que povoam a Floresta de Darkwood, trappers e índios americanos. Os Akkronianos estavam sempre lá, em algum lugar, afiando suas armas enquanto esperavam para voltar a vida, tão perigosos como sempre! … Em uma tentativa, em suma, para escrever uma história que piscando os olhos para o passado e especialmente para os elementos mais clássicos da série, como é correto e adequado que é para uma edição comemorativa.


Após a última derrota, a ameaça dos alienígenas do sexto planeta parecia coisa do passado. Como foi ter inventado o seu caminho de volta para a cena? De que base que você saiu?
Oh Deus. Eu vou te dizer … Só pareciam, a ameaça nunca acabou. Após o primeiro encontro com Zagor, os Akkronianos simplesmente tinha fugido … mas eles sempre estavam lá, em algum lugar (eu sempre imaginei) para afiar as armas à espera de voltar a vida, tão perigosos como nunca!. .. Só que desta vez, é claro, não poderia ser para uma exploração simples, como antes, mas para uma invasão do nosso planeta, com lotes de frota do espaço! … Eu parti daqui. 


A dificuldade era, se alguma coisa, para condensar tudo em uma edição … e levar a história inteiramente para Darkwood, Zagor organizado, protagonista absoluto. Uma vez que eu pensei que tinha encontrado a ideia direito de fazer isso (mas não posso revelar o que é, é claro) Eu me joguei de cabeça.

Você trabalhou com Gallieno Ferri, autor da primeira invasão akkroniana: como se desenvolveu a sua colaboração? Houve uma troca de ideias sobre as passagens, assunto ou acertos do script?
Paradoxalmente, depois de tantos anos de colaboração com a cabeça, esta foi a primeira vez que eu escrevi uma história para o Mestre. E eu toquei a sorte de fazer o certo para o número Zagor 600! … Na verdade, a cooperação verbal com Ferri foi realmente limitado ao essencial. Também porque não havia necessidade de tantas palavras. Assim como a escrita do roteiro, na verdade, a realização dos projetos gráficos correram sem contratempos. Fluido. Onde minhas descrições eram deficientes, em especial quanto aos detalhes da tecnologia akkroniana, ele pensou em  enriquecê-las e interpretá-las em sua cabeça, fazendo um excelente trabalho, sem a necessidade de eu dizer nada! … Salta aos olhos! Não é à toa que estamos falando de Ferri! Uma verdadeira honra trabalhar com ele, e, acima de tudo, um grande prazer!

 

No álbum também se vê a sombra de Hellingen: esta história está liderando o caminho para seu retorno anunciado?
Como todas as edições centenárias, esta história é autoconclusiva. Ela começa e termina lá, sem deixar nada pendente. Centra-se, portanto, exclusivamente nos Akkronianos! Mas, é claro que existe uma ligação com Hellingen …  Estive com Moreno Burattini (editor da série), certificando-me de que a história se passa em perfeita continuidade, e que deve haver algumas conexões com a próxima aventura trazendo o odiado “médico louco” para os amados Zagorianos! …

Entrevista realizada por Luca Del Savio
26/06/2015 

ZAGOR e outros fumetti nos EUA

Falaremos de Zagor, Mágico Vento e outros heróis bonellianos com Igor Maricic, um apaixonado leitor, fundador da Epicenter!


Recentemente, uma cópia muito atraente de Zagor – A Areia Vermelha desembarcou em nossa mesa: um belo tomo da Epicenter Comics trazendo novamente o Espírito com a Machadinha para o público americano.

Entramos em contato com o proprietário e fundador da editora, Igor Maricic , e perguntamos um pouco sobre seu amor pelos heróis Bonelli e seu empreendimento pessoal para o mundo maravilhoso, mas arriscado do mercado de quadrinhos.

Bonelli Comics ► Epicenter: quando e por que você decidiu iniciar este empreendimento editorial?
Formei a Epicenter Comics em janeiro de 2012, mas para explicar isso melhor, eu preciso voltar trinta anos atrás. Eu amava a maioria dos livros de quadrinhos. Embora há mais de vinte anos eu viva nos EUA, eu nasci na ex-Iugoslávia, onde passei os anos iniciais da minha vida, dos anos que me moldaram em quem eu sou hoje.                            
          
Quando eu tinha apenas seis anos de idade, minha mãe me comprou meu primeiro Fumetti Bonelli na banca de jornal. Eu ainda me lembro daquele dia vividamente! Foi Tex. Eu me viciei, imediatamente! Comecei a comprar os gibis todas as semanas, que eram publicados em duas edições separadas.
E então, três semanas depois daquele Tex, eu tinha um “encontro” fatídico. Esse foi o dia em que na banca de jornal, vi o herói em camisa vermelha, sem mangas, com uma águia no peito … Era o início de amor aos quadrinhos que ainda hoje queima, talvez ainda mais brilhante do que quando eu era criança.
Claro, eu estou falando de Zagor. Eu nunca imaginei que eu teria a honra de publicar Zagor em Inglês pela primeira vez na história. Para mim, é a segunda maior honra da minha vida, o primeiro é ser pai. É simplesmente incrível!

                       
 Quando você decidiu criar a Epicenter Comics? Logo antes de eu formar a Epicenter Comics, eu estava passando por uma fase de compreensão mais profunda de quem eu sou, o que eu realmente amo, o que há de mais significado para mim.

Ao mesmo tempo, no maior fórum quadrinhos croata (www.stripovi.com), que eu estive visitando diariamente por mais de uma década, houve algumas conversas sobre o que seria necessário para publicar quadrinhos Bonelli nos EUA. Foi uma discussão interessante, no tempo certo. Não havia mais volta para mim!

                              
Apesar de eu ter um emprego em tempo integral como um cientista, ser pai, marido e servir à igreja, minha paixão por quadrinhos foi e é forte demais para ser negada. Houve um monte de sacrifício da minha parte para conciliar esta publicação com todas as outras responsabilidades, mas de alguma forma estou controlando isto.
Qual  é a sua “missão” empresarial?
Para responder a esta pergunta, vou copiar aqui a minha declaração de missão do website Epicenter Comics:  ” Eu acredito fortemente que as artes têm o poder de moldar e impactar a forma como percebemos o mundo. É nosso dever e privilégio como editores, escritores, artistas, impressores, distribuidores, retalhistas, não importa qual a nossa vocação de vida possa ser, para ter um impacto positivo no mundo, para ser uma pequena roda girando na direção certa.

Quando da criação da Epicenter Comics a ideia foi ter uma editora que não só produzisse romances gráficos de qualidade única e alta ou livros de quadrinhos, mas uma empresa que iria também encontrar e nutrir grande talento. A Epicenter foca em trazer obras que vão entretê-lo, surpreendê-lo, por vezes, perturbá-lo, mas certamente fazer você se sentir e fazer você pensar, muito tempo depois de ter fechado a capa do livro.     

                                 
Se eu estou lembrando corretamente, sua primeira publicação foi a versão em Inglês do Mágico Vento: por que você escolheu para estrear no mercado americano, especificamente com a série por Gianfranco Manfredi? Quais foram, na sua opinião, seus pontos fortes e por que você acha que vai apelar para os leitores americanos?
Como visto na minha resposta anterior, eu sou conduzido pelo meu coração primeiro e depois pela minha mente. Tomo as grandes decisões com meu coração e depois afino as coisas com minha mente.

Eu escolhi começar com Mágico Vento porque realmente amo a série, eu acredito em sua qualidade, e eu pensei que tinha mais chance de sucesso do que Zagor ou Ken Parker nos EUA.
Zagor é a minha série favorita Bonelli e na minha opinião Ken Parker é em termos de qualidade a melhor série Bonelli. Mágico Vento é meu segundo herói favorito da Bonelli e eu acho que só perde em termos de qualidade para Ken Parker.

A escrita de Manfredi é tão consistente de livro para livro, bastante surpreendente, e a obra de arte … wow!

Quero dizer, uma rápida olhada para os nomes dos artistas que estavam trabalhando na série é suficiente: Pasquale Frisenda, Ivo Milazzo, José Ortiz, Goran Parlov …
Se eu estivesse pensado em publicar puramente de um ponto de vista racional, sem dúvida teria começado com Dylan Dog, um personagem que eu acredito que tem mais chance de ser bem sucedido nos EUA.        

                    
 Como o mercado americano reagiu a edição do “Magic Wind”?
Mágico Vento foi muito bem recebido pelas pessoas que lêem nossos livros. O problema é que a minha empresa é nova e pequena, e a série ainda é bastante desconhecido nos EUA.

O passo seguinte envolveu Zagor: no verão passado você trouxe o primeiro volume do Espírito com o Machadinha para as lojas americanas de quadrinhos. Que história que você escolheu e quais eram as razões para a sua escolha?

Dentre os critérios de escolha de histórias do Zagor a serem publicadas o maior é de elas serem indiscutivelmente as melhores histórias em quadrinhos do Espírito com a Machadinha de todos os tempos! Eu sou um ávido leitor de Zagor e conheço todas as histórias chaves e além de ser parte da comunidade de fãs do Zagor (alguns contribuem com a sua análise aos Zagor da Epicenter Comics).

Eu escolhi “Terror do Mar” (Il terrore dal mare) para ser o nosso primeiro livro Zagor, porque eu queria começar com um volume que fosse atraente para os leitores que nunca leram Zagor, o que significa que teve de ser uma das mais modernas histórias de Zagor; durante anos no fórum de quadrinhos, tenho notado que os fãs mais jovens, dentre as histórias mais recentes de Zagor, consideram esta a melhor.
Se eu fosse escolher puramente do meu ponto de vista, e com base em meus arcos favoritos de Zagor, eu teria começado com Areia Vermelha ou Zagor vs. Supermike . Eu publiquei “The Red Sand” como o segundo livro, e “Supermike” será o quarto volume da série, vindo após outra história excelente de Mauro Boselli, a pura adrenalina “Voodoo Vendetta”, que será lançado em agosto deste ano!
“Terror do Mar”, como você disse, é um conto de Zagor moderno, de 1997, escrito por Mauro Boselli e magistralmente desenhada por Stefano Andreucci, um artista com um estilo que poderia facilmente evocar alguns autores clássicos americanos. Sua próxima proposta é “a Areia vermelha”, uma história inesquecível e amada por Nolitta & Ferri, os pais de Zagor, que foi publicado pela primeira vez em 1975: como é que os leitores americanos reagem a este tipo diferente aventura, com um ritmo mais lento e o estilo peculiar de desenho do Ferri?

Curiosamente, a resposta que eu tenho para o Red Sand dos novos leitores americanos tem sido muito positiva, alguns ainda preferem Terror do mar! Quer dizer, há uma razão pela qual Nolitta / Ferri são os melhores e suas histórias são clássicas, elas possuem uma certa qualidade atemporal. 


Este verão vou publicar dois novos projetos de Bonelli em Inglês. O primeiro é Dylan Dog: Mater Morbi de Recchioni & Carnevale e Fator Z da série Le Storie de Gualdoni & Bianchini. Mais uma vez, dois excelentes quadrinhos, obras de arte incrível, que eu acredito que possa cativar os leitores americanos, pelo menos eu espero que sim!

No futuro próximo, espero publicar mais Zagor, Mágico Vento e Dylan Dog em formato livros e espero que alguns outros heróis Bonelli.
Em casa eu tenho centenas e centenas de livros Bonelli em croata e sérvio, e eu ainda os encomendo e são enviados para mim regularmente.

Ao publicar histórias em quadrinhos, o que você vê de aspectos positivos?

Uma das partes mais gratificantes do trabalho é quando chega a visão da edição especial e, em seguida, é preciso escolher o artista da capa, bem como a pessoa que apresenta a obras desses artistas para o público americano pela primeira vez. Eu sou abençoado por trabalhar com alguns grandes artistas.

Em Mágico Vento tive a oportunidade de colaborar com o lendário artista da Sérvia, Bane Kerac (que atualmente faz parte da equipe de Zagor) e o grande Pasquale Frisenda.

Em Zagor, trabalhei com o fantástico Michele Rubini, cuja visão moderna e dinâmica de Zagor é de um artista moderno, além do jovem da Servio Bem-Bee , cujas cores complementam o desenho de Rubini muito bem. Recentemente, colaborei com Marco Bianchini para nossa próxima edição The Z Fator.
Entrevista Realizada por Luca Del Savio – 22/04/2016
Tradução: Google Translate
Adaptação e Publicação: Wilson Sacramento em http://www.clubetexbrasil.com.br/quadrinhos-italianos-nos-eua/