INSETOS BIBLIÓFAGOS

Salve Pards!

Este é o artigo referente ao vídeo do canal COLECIONISMO TEX intitulado “Insetos Prejudiciais ao Papel”.

Um dos grandes terrores dos colecionadores de gibis são os insetos bibliófagos.

Insetos bibliófagos são aqueles insetos prejudiciais ao papel por se alimentarem dele ou de agentes associados a ele, como a cola por exemplo. Neste rol de agentes nocivos vamos elencar a traça-de-livro, os cupins de madeiras e terrestres, a broca-de-papel e o piolho-de-livros, pelos danos consideráveis que causam em bibliotecas e por sua frequente presença.

Traça-de-livro

A traça-de-livro é um inseto da Ordem dos Zygentoma, considerados insetos primitivos desprovidos de asas. A Família Lepismatide é a mais numerosa e importante. Destas a espécie mais comum é a Lepisma saccharina conhecida como traça-prata ou traça-prateada.

É importante saber, para fins de identificação da praga, que a traça-de-livro, mesmo a de outras espécies, são identificadas por seu corpo alongado, possuindo até 2cm, achatado e com três longos filamentos posteriores.

Seu ciclo de vida é ametábolo, ou seja, após sair dos ovos o inseto se desenvolve sem sofrer metamorfose, aparentando sempre a mesma morfologia.

São ativas à noite e preferem sempre lugares escuros.

As traças-de-livro são atraídas não só pelo papel, como também pela goma (cola) que une as folhas de livros e gibis.

Elas produzem danos superficiais a camada externa do papel produzindo escarificações que removem a tinta da impressão. Também produzem a corrosão das bordas das folhas, especialmente capas mais grossas. Dificilmente os danos são profundos, mas podem produzir furos largos quando ocorrem em número expressivo de parasitação, geralmente em material não vistoriado por longos períodos.

A traça-de-livro não deve ser confundida com a traça-de-roupa que causa danos ao tecido. A traça-de-roupa é outro grupo de insetos da Ordem dos Lepdópteros (borboletas e mariposas) e integra a Família Tineidae. Possuem ciclo vital holometábolo (metamorfoseando de ovo em larva e depois em adulto) e é sua larva, que vive protegida por um casulo, quem faz danos às roupas. Em estado adulto, como uma pequena mariposa, ela não se alimenta tendo vida puramente reprodutiva.

Cupins

Os cupins são insetos pertencentes à Ordem Isoptera e podem ser terrestres (ou subterrâneos) e de madeira (conhecidos como cupim-da-madeira-seca), apresentando pequenas proporções de 3 a 5mm. Seu ciclo vital é paurometábolo, passando pelos estágios de ovo, ninfa, e adulto, e são insetos sociais. Sua forma reprodutora alada (aleluias), que pode alcançar de 1 a 2cm conforme a espécie, são responsáveis por formarem novas colônias e parasitarem novos locais.

Os cupins terrestres ou subterrâneos pertencem às Famílias Rhinotermitidae e Termitidae (daí o nome térmitas) e formam colônias no solo criando túneis que frequentemente invadem residências.

Esses túneis se caracterizam por carreiros de terra (túneis) compactados por fluídos corporais do inseto e que se alongam horizontalmente por calçadas e rodapés e sobem verticalmente pelas paredes, alcançando cômodos superiores.

O contato desses túneis com móveis e livros causam a parasitação também desses itens.

Os cupins de madeira pertencem à Família Kalotermitidae e parasitam diretamente a madeira seca não tratada. Na parasitação de estantes invadem livros e documentos igualmente por apresentarem celulose.

Os danos de ambos os grupos são parecidos, provocando furos externos, às vezes imperceptíveis por serem obstruídos pelo próprio resíduo do objeto parasitado, mas em seu interior fazem extensas galerias, geralmente manchadas pelos fluídos corporais do inseto.

Por serem insetos muito numerosos os danos são de grandes proporções.

É fácil detectar a presença de cupins em livros ou madeira pelos montículos de fezes, tipo serragem fina, depositada junto à base do objeto parasitado. Quase sempre, ao detectar um livro parasitado por cupins, o inseto está presente nas galerias e em grande número.

Brocas-de-papel

As brocas-de-papel são insetos da ordem dos Coleópteros (besouros) e também apresentam ciclo vital holometábolo, com variação nos diferentes estágios de vida.

São insetos pequenos. O besouro adulto possui algo em torno de 3 a 4mm, enquanto a larva de 5 a 6mm. A espécie mais conhecida pelos danos causados em bibliotecas é a Trycorinus herbarius (Família Ptinidae).

Produzem furos simetricamente redondos na superfície externa do livro e escavam extensas galerias limpas no interior das folhas. Dentro das galerias botam seus ovos e suas larvas se desenvolvem ampliando ainda mais essas escavações.

Não é comum encontrar o inseto adulto (besouro) no interior das galerias e, mais frequentemente, é possível encontrar poucas larvas. Um livro que se ache completamente destruído por galerias de broca podem revelar uma a três larvas em seu interior.

Os danos em livros podem ser muito amplos pela grande capacidade de reprodução desses insetos. Como os cupins sua presença é notável pelo acúmulo de grânulos como serragem (um pouco mais grossa que nos cupins) depositada junto ao objeto parasitado.

Pilhos-de-livros

Os piolhos-de-livro são insetos primitivos, ápteros (sem asas), da Ordem Psocodea. Seu ciclo vital é paurometábulo passando pelos estágios de ovo, ninfa e adulto.

São insetos muito pequenos, em torno de 1mm, que infestam livros e locais domésticos (paredes e móveis) em temperaturas altas (25ºC).

Como se alimentam de fungos microscópicos consomem esse imperceptível material nas colas que unem as folhas de livros e gibis.

A principal espécie é a Liposcelis divinatorius da Família Liposcilidae.

Podem se tornar muito numerosos em condições adequadas (grandes volumes de livros sem manutenção) infestando toda a residência. Não causam grandes danos ao papel, sendo seu maior inconveniente, em caso de grandes infestações, mancharem as páginas com seus detritos ou ao serem esmagados durante o manuseio, o que favorece o desenvolvimento de fungos.

Prevenção e Manutenção

Para todas essas pragas e principal prevenção é a limpeza e o manejo constante de todos os itens da coleção. O desenvolvimento de quaisquer dessas pragas se dá pela falta de exposição ao ar corrente e a luz natural.

Todas as pragas aqui tratadas são avessas à luz e ao ar corrente, da mesma forma que se desenvolvem em ambientes escuros e com pouca exposição.

Dessa forma a manutenção das coleções (bibliotecas, gibitecas, itens de museus, vestuários, etc.) se dá com limpeza periódica, removendo todos os itens dos locais, limpando esses locais e manuseando cada item adequadamente.

Material que provém de livrarias e sebos podem estar infestados e devem ser atentamente inspecionados e limpos antes de integrarem a coleção.

Além dessas medidas e de forma mais específica, salientamos:

– Traças e piolho-de-livros podem ser evitadas com produtos de cheiro que os mantenham longe como naftalina (nunca em contato com o papel).

– Brocas e cupins são combatidos com a observação constante da coleção para evitar a instalação do inseto; medidas de afastamento com naftalina também mostram resultado.

– Contra os cupins devemos ficar mais vigilantes no período de reprodução, na Primavera e no final da tarde e primeiras horas da noite, quando as aleluias (forma alada reprodutiva dos cupins) entram pelas janelas atraída pelas luzes. Neste período machos e fêmeas (reis e rainhas) se encontram, liberam suas asas, e imediatamente se instalam fazendo furos em madeira e papeis para gerarem novas colônias.

– Móveis parasitados por cupins devem ser tratados por profissionais (dedetização) ou eliminados e substituídos. Veja o vídeo do Canal Colecionismo Tex que originou esse artigo.https://www.youtube.com/watch?v=RXNFM7R-DT8

Edições Raras: quais são e quanto custa”, Parte 2 – “Estratégias para Completar Coleções

Salve Pards!

Este é o artigo referente ao vídeo do canal COLECIONISMO TEX intitulado “Edições Raras: quais são e quanto custa”, Parte 2 – “Estratégias para Completar Coleções”.

Teceremos aqui uma estratégia de definição da(s) coleção(s) que o interessado deseja completar, fazendo uma análise por comodidade econômica e de espaço e, por fim, de memória afetiva do colecionador.

Aquisição das Edições

Bom, se você deseja colecionar Tex é óbvio que você é um fã do personagem (se você apenas gosta um pouco do Ranger tudo fica mais simples: tenha somente algumas edições avulsas na estante).

Mas se você é fã certamente vai querer ter uma ou mais (ou todas) as coleções do cowboy da lei.

Para definir quais coleções completar você precisa submeter esse desejo a dois fatores: qual espaço dispõe e como anda sua economia.

Coleções antigas como Tex Mensal, Tex Coleção, Tex Edição Histórica e Tex Edição de Ouro exigem bastante espaço. Para se ter uma noção de distância linear o Tex Mensal, a maior das coleções, forma uma longa fila de aproximadamente 4,50m, enquanto a Tex Coleção, segunda maior em proporção, chega a 3,10m.

A mais recente coleção de luxo Tex Gold, em capa dura com 60 volumes, mede 1,24m, sem falar do peso significativo devido ao papel couchet.

Definido o espaço agora é pensar na economia. Quanto você está disposto a pagar por seu item colecionável?

No artigo (vídeo) anterior, primeira parte deste conteúdo, abordamos o valor das edições raras das coleções de Tex e, em algumas delas, até mostramos o preço praticado dos números comuns nas mesmas coleções.

A estratégia viável para completar coleções longas é definir metas mensais, desde algo como “pelo menos uma edição por mês” a lotes de cinco ou dez.

Vamos tecer uma estratégia específica para quem deseja completar a coleção Tex Mensal, atualmente com 654 (mês de abril) números publicados.

Esta coleção iniciou-se em 1971 e seus primeiros 70 números são os mais valorizados.

Se você gosta dessa coleção muito provavelmente você já deve ter os últimos números, talvez até as 54 últimas edições.

A estratégia ideal para essa coleção é iniciar pelas últimas centenas. Neste caso a primeira meta é buscar a centena entre o número 500 a 599 e assim retroagindo sucessivamente.

Este caminho pode ser alcançado em lotes de cinco ou dez edições. Caso não se encontre algum número da dezena deixa-o para depois, podendo pegá-lo quando aparecer (o ideal) ou fazendo uma busca final pelos “buracos” deixados.

Talvez você não saiba, mas a partir do número 360 (em alguns casos antes mesmo dele) até o número 600 é possível encontrar essas edições em bom estado por R$ 5,00. Se comprar lotes grandes, de 50 a 100 edições, talvez ainda possa achar por melhor preço.

Ao chegar retroativamente no número 350 caberá continuar descendo pelas edições um pouco mais valorizadas da fase Globo (nº 350-207) e RGE (nº 206-165). Neste caso o compromisso mensal de edições adquiridas deve diminuir segundo a economia de cada um.

A fase mais dispendiosa é a fase Vecchi a partir do número 164, retroativamente. Neste caso não há muito que fazer até chegar ao número 70, tendo que pagar preços que irão variar de 15 a 25 reais por unidade, considerando ainda as edições especiais de números 70, 82, 88, 94, 100, 106, 112, 118, 124, 135, 150 e 160, que variam de 40,00 a 60,00.

A grande vantagem que a coleção mensal apresenta nessa fase inicial é a existência da Coleção Mensal 2ª Edição. Essa coleção surgiu em 1977 para atender a demanda dos colecionadores que haviam perdido a sequência inicial da coleção (1ª edição) no início da década de 70.

A 2ª edição foi tão eficiente e importante que até hoje ela atende ao mesmo desiderato dos colecionadores modernos de Tex!

Pois bem, a partir do nº 70, retroativamente, você poderá completar sua coleção mensal com os números da 2ª edição, tornando tudo economicamente mais leve.

Uma dica importante já alertada no artigo (vídeo) anterior: os números 82, 91 e 92 da mensal 2ª edição são absurdamente caros (se comparados à 1ª edição) e a partir do número 106 essa coleção fica inviável economicamente, além de haver uma alteração da numeração original a partir do nº 134.

Para a maioria das demais coleções não há a necessidade de retroagir, pois não há grandes valores a se pagar como vimos no artigo (vídeo) anterior.

A Tex Coleção é (embora seja a coleção mais importante de Tex no Brasil) a mais barata das coleções.

Os primeiros números não atingem mais que R$ 15,00 (o nº 1 em bom estado alcança a módica cifra de R$ 35,00) e a esmagadora maioria pode ser adquirido por R$ 5,00 a unidade.

Para encerrar este artigo (vídeo) eu gostaria de abordar um pouco dois aspectos psicológicos do colecionismo.

Um deles é a memória afetiva, já tratada especificamente aqui no Canal Colecionismo Tex. É a memória afetiva que determinará a coleção que você deseja fazer.

A outra questão é o valor do “objeto do desejo”. Colecionismo não tem explicação lógica já que envolve desejo, a propalada memória afetiva e aspectos do conservacionismo cultural e histórico.

Dessa forma não deixe que modismos narrativos, geralmente hipócritas, contestem o que você pode fazer com as suas economias.

Desde que você não esteja se prejudicando com dívidas só cabe a você e aos seus familiares coordenar as finanças particulares.

Muitos dos discursos ocos contra o consumismo, a acusação de transtorno obsessivo de acumulação e doutrinas filosóficas modernas de minimalismo (todos esses aspectos sérios e importantes, sem dúvida) podem mascarar apenas inveja de quem não pode fazer o que você faz.

Veja o vídeo do Canal Colecionismo Tex que originou esse artigo.

https://www.youtube.com/watch?v=28IUJw_mJf4

MEMÓRIA AFETIVA

Salve Pards!

Este é o artigo referente ao vídeo do canal COLECIONISMO TEX intitulado “Memória Afetiva”.

Se perguntarmos para qualquer leitor, colecionador e fã de Tex sobre qual gibi do ranger mais o agrada, muito possivelmente será lembrado um número especial de determinada coleção.

O que vai determinar essa preferência são as lembranças em torno daquela edição ímpar. Pode ser o fato da edição em questão ter sido a primeira lida, ou lembrar-lhe alguém querido, ou então lembrar-lhe de uma fase importante da infância ou da vida, ou ainda por estar vinculada a momentos significativos da sua história pessoal.

Esse conjunto de lembranças boas são chamados de “memórias afetivas”.

No caso específico do colecionismo Tex a memória afetiva é a responsável por preservar uma fatia significativa de colecionadores.

O gatilho emocional funciona assim: “Tex me lembra um momento bom de minha vida”, “eu quero preservar esse momento bom”, “Tex significa esse momento bom” em consequência “se eu manter Tex próximo a mim então eu torno esse momento bom constantemente preservado comigo”.

E assim a mágica se dá! E aquele(a) adulto(a) estará fazendo coleções, lendo seu gibizinho e até fazendo projeções emotivas para filmes de faroeste, cosplay de personagens e participando em encontros de aficionados.

Alguém pode dizer: “não concordo! eu apenas gosto de Tex porque as aventuras são ótimas”.

Sim, possivelmente não estará errado em se tratando de você, isso porque, Tex não possui para você uma memória afetiva. Em outras palavras, sua mente não criou uma associação entre uma lembrança boa do passado e o personagem da Bonelli.

Aliás, pode ser até que sua memória afetiva esteja vinculada ao Batman, ao Homem-Aranha ou ao Conam, e é por isso que você prefere esses ou outros heróis de quadrinhos antes de Tex.

Outra situação também possível é que você pode ter vinculado Tex a uma memória ruim, o oposto das memórias afetivas.

Se isso aconteceu você certamente odeia o ranger, não suporta vê-lo ou ouvir seu nome, e quando isso acontece trata logo de ridicularizá-lo.

No entanto para quem construiu as suas memórias afetivas vinculadas a Águia da Noite a simples lembrança pode leva-lo(a) à uma doce (ou difícil, mas ainda assim admirável) infância.

É possível até que você tenha um ganho em qualidade de vida ao ler e colecionar Tex. Isso porque seu cérebro libera uma resposta química “rejuvenescedora” toda vez que desperta do passado aquela criança ou jovem que se deleitava com as aventuras do personagem. Ou seja, ler e colecionar Tex “atualiza” a criança viva em suas memórias.

Assim, não se trata mais de um gibi, nem sequer de um personagem de histórias em quadrinhos, mas sim de uma felicidade única, fixada em um momento do passado e trazida a tona naquelas páginas, conduzindo consigo pessoas queridas que não esteja mais conosco, ambientes e paisagens urbanas alteradas pelo progresso ou a própria juventude e saúde modificada pela idade.

Pode se dizer que Tex é uma dose diária de juventude e reencontro com momentos perdidos no tempo.

Mas a memória afetiva pode ser de alguma forma prejudicial em se tratando de Tex?

Sim, pode, e é interessante avaliarmos alguns aspectos.

O negativo de uma memória afetiva é a incapacidade de algumas pessoas em flexibilizarem suas memórias à evolução dos tempos.

Em outras palavras é o fã fixado em um momento editorial do Tex, tornando-o radicalmente contrário às inevitáveis mudanças que o tempo trás.

Vamos imaginar um fã acima dos 60 anos de idade.

Na sua infância ele se apaixonou pelas aventuras do Tex da Vecchi. Então ele se habituou com os desenhos de Aurelio Gallepini, Giovanni Ticci, Guglielmo Lettèri, Erio Nicolò e Fernando Fusco. Ele também se habituou ao formatinho, ao papel jornal e ao preto e branco.

Em 1983 ele levou um susto e quase ficou sem seu personagem, mas o ranger voltou sob o selo RGE e tudo estava lá! Ele voltou a vislumbrar o formatinho em papel jornal e preto e branco, e Gallep, Ticci, Lettèri, Nicolò e Fusco também estavam lá. Tudo bem, de repente surgiu um Vincenzo Monti, um Jesus Blasco, um tal de Fabio Civitelli e Claudio Villa, mas eles eram “razoáveis” e era possível “aguentá-los”.

No entanto o tempo passou, a RGE deu lugar a Globo e ele viu histórias assinadas por um Claudio Nizzi e Tex sofreu uma transformação absurda na pena de um desconhecido Gilbert (pseudônimo de Alberto Giolitti).

Para piorar passaram a publicar histórias de Tex em cores!!! Que ultraje!

Neste ponto as memórias afetivas desse fã mandaram-no recuar: “Esse Tex não conversa mais comigo!” disse ele. Sentiu-se traído.

Esse hipotético (mas nem tanto) fã nem possuía até esse tempo internet. Não lhe disseram que Nicolò havia morrido. Também não lhe falaram que Nizzi estava para substituir Bonelli e Giolliti (Gilbert) foi o mestre de Ticci.

Tudo apareceu para ele nas páginas do “seu Tex” e ninguém lhe perguntou se ele aceitava aquilo tudo.

Hoje em dia existem muitos velhos fãs nessa situação.

Eles até aprenderam a usar a internet. Sim, como aprenderam! Mas, infelizmente, aprenderam a usar para reclamar! Reclamam de tudo! Não gostam dos novos desenhistas, muito menos das aventuras. Também não gostam dos novos formatos. Não gostam das capas de Villa, queriam que o mestre Gallep voltasse do além para continuar essas capas.

Justiça seja feita, para muitos fãs velhos a adaptação foi possível.

Mas, é lamentável que entre fãs atuais do ranger haja aqueles incapazes de se adaptarem.

Eles continuam ativos. Muitos divulgam o personagem, participam de eventos, mas estão “presos” ao Tex da fase Vecchi. Alguns até chegaram ao período RGE e Globo, mas muito poucos conseguiram adentrar os primeiros anos da Mythos.

Não parece, mas o pessimismo que os saudosistas sofrem repercute negativamente na própria vida editorial do Tex.

Eles, talvez involuntariamente, desincentivam novos leitores, atrapalham com suas críticas a já precária divulgação da Mythos Editora e sabotam novas iniciativas editoriais.

Vinculados ao passado procuram negar o presente. Para isso empregam a arma da crítica, do arrazoamento. Parece não se darem conta que com isso prejudicam o futuro do ranger, mesmo que eles gostem de alardear (com razão) os mais de 75 anos de vida editorial de Tex.

Memórias afetivas são coisas boas e devem ser preservadas.

Mas é necessário dar oportunidade para que novas memórias afetivas se construam em novos leitores.

Também é necessário entender que existem muitas outras memórias afetivas construídas no Tex da Mythos, afinal já se vão 25 anos de Tex com essa editora.

Jovens e velhos precisam respeitar isso.

Precisam respeitar o poder que Tex teve, tem e terá em criar muitas e muitas memórias afetivas.

Veja o vídeo do Canal Colecionismo Tex que originou esse artigo.

https://www.youtube.com/watch?v=Q4BJJN2L-e4