Salve Pards!
Este é o artigo referente ao vídeo do canal COLECIONISMO TEX intitulado “Fac-símile ou cópia?”.
O que é um fac-símile?
Fac-símile é uma cópia autorizada pela editora e produzida sob sua autorização. A edição reproduzida como fac-símile geralmente é uma edição histórica e quase sempre antiga e esgotada.
Aconteceu recentemente na edição nº 600 do Tex Mensal, quando a Editora Mythos deu de brinde um fac-símile da revista Júnior nº 28, com a primeira aparição de Tex no Brasil.
Um detalhe muito importante é que o fac-símile autorizado sempre trás impresso que se trata de um fac-símile, exatamente como aconteceu com a cópia do Júnior nº 28 produzido pela Mythos.
Portanto, podemos dizer que fac-símile é uma cópia autorizada e legal.
Isso porque cópias não autorizadas são passíveis de penalidade por lei. Há proteção aos direitos autorais e a Sergio Bonelli Editore é especialmente rigorosa na proteção da marca Tex. Em outras palavras, não dá para sair por aí produzindo cópias não autorizadas com a logomarca do personagem e, especialmente, das edições de suas revistas.
Cópias…
Não obstante a regulação legal que existe, um colecionador apaixonado e um fã devoto e com certa habilidade reproduz, artesanalmente, cópias de edições raras do Tex com perfeição.
Nada a se preocupar, afinal é um ou outro exemplar e apenas para “ver como fica” ou presentear um amigo.
Exemplares reproduzidos artesanalmente o foram sem pretensão de obtenção de lucro ilícito, mas sim por gosto, por amor mesmo ao personagem.
Entretanto, se quem faz sabe que é cópia, quem não faz, não viu e não soube inevitavelmente acredita ser original.
É aí que mora o perigo!
Vários (vários mesmo) itens raros do colecionismo Tex foram reproduzidos com perfeição e acabam caindo no mercado do colecionismo.
Isso é tão comum que vendedores de bom caráter olham para um item e informam: “não posso atestar a originalidade dele!”
O pior é que também não podem atestar pela “falsidade dele”, isso porque muitas cópias são bem feitas, envelhecidas e até utilizado o mesmo papel do original.
A melhor arma contra essas cópias é a verificação minuciosa juntamente com o exemplar original. Aí a cópia dificilmente passa.
Mas também é difícil encontrar um original para submeter a edição suspeita à prova.
Mas qual é o problema?
O problema, além de alguém poder pagar uma pequena fortuna por algo que não passa de míseros reais, é a deturpação do conceito de colecionismo.
Uma cópia não pode ser testemunha histórica de sua época, quando muito, testemunha apenas sobre as características físicas da edição.
Quais são as obras passíveis de serem copiadas?
Geralmente as obras copiadas são as mais raras. Veja o artigo (vídeo) intitulado “Obras Raras, Quais São e Quanto Custam”.
Um colecionador habilidoso sem aquele item o reproduz, com base no original, para ter o seu exemplar.
Como ninguém é eterno, quando sua coleção passa a outras mãos (que não sabem das cópias bem feitas) esse material falso acaba sendo disponibilizado no mercado por altas somas.
Quais as medidas para evitar esse engodo?
A melhor conduta é a desconfiança sempre.
Podemos relacionar:
– Não adquira edições raras sem já tê-las em mãos alguma vez. Após examinar atentamente uma edição rara original você vai estar mais habilitado para reconhecer uma cópia quando lhe for apresentada.
– Como grande parte das vendas se dá à distância exija vídeos e fotos, quantas achar necessárias, até se convencer ou não da autenticidade do item.
– Desconfie de vendedores apressados ou estressados, que se ofendem com sua desconfiança. Isso pode ser o atestado de sua má intenção.
– Desconfie de obras “em estado de banca”. Embora seja possível edições originais e antigas se manterem muito bem conservadas exija referências do vendedor.
Qual a finalidade de possuir fac-símile?
Em colecionismo o que não é original não é aceitável.
Seria algo como se convencer de que chumaços de algodão fossem nuvens.
Há quem os tolere por não desejar pagar altas somas pelo original. Não é possível recrimina-los.
O correto (de uma correção de caráter mesmo) seria produzir cópias com a identificação de que se trate de cópias.
Não fazendo isso se colabora para que no futuro essa cópia acabe enganando alguém e isso não é ético.
Veja esse artigo no formato de vídeo no Canal Colecionismo Tex.